A arborização urbana tem suas condicionantes: raízes que arrebentam calçadas, árvores que atrapalham a fiação elétrica, galhos que caem, atratividade para cupins – essas são algumas das negatividades. Mas, há todo um universo de benefícios das árvores nas cidades.
Benefícios da arborização urbana
Um dos maiores benefícios da arborização urbana é a redução das temperaturas ambientes. Um parque urbano bem arborizado pode ter até 10º C de diferença de temperatura com o centro da cidade. Uma árvore na calçada pode ajudar a reduzir até 5º C a temperatura do entorno. Pense nisso!
Outro é a contribuição para a limpeza da atmosfera, a produção de oxigênio (árvores expelem oxigênio à noite), a redução dos ruídos, a contribuição para a redução do CO2.
Mas também temos que as árvores são atrativos para mais vida – pássaros e pequenos animais que buscam frutos e sementes e, com sua vida e corre-corre, ajudam na dispersão destas e na continuidade da vida.
Por último, porém não menos importante, árvores nas calçadas são beleza pura para nossos olhos e, consequentemente, melhoram os índices de qualidade de vida das cidades.
Conheça regras, condicionantes e plano municipal
Antes de plantar uma árvore na sua calçada, no entanto, vale a pena você conferir a legislação municipal da sua cidade sobre os parâmetros que deverá respeitar – distância entre árvores, distância destas a portões de saída de veículos e postes de iluminação pública, porte das árvores e altura da fiação são alguns itens básicos importantes.
Algumas cidades também dispõem uma lista de espécies que são consideradas mais apropriadas à arborização urbana.
Saiba que o plantio de espécies inadequadas poderá trazer-lhe muita dor de cabeça futura – calçadas levantadas, canos de água e esgoto estourados, fios elétricos arrebentados, galhos que caem, frutas pesadas (como a jaca) ou galhos espinhosos que põem em risco as pessoas circulantes, sujeira e mal cheiro por frutos caídos (as goiabeiras são um exemplo disso) e também o excesso de folhas e flores que se espalham pela calçada e que precisam ser varridos.
Portanto, pense bem e escolha certo já que, depois de plantada, a árvore da calçada só poderá ser retirada com autorização municipal.
1. Noivinha: Euphorbia leucocephala
Linda arbustiva, alcança até 3 metros de altura, que não agride nem a calçada ou canalizações subterrâneas e nem a rede elétrica aérea. Esta arvoreta também é conhecida como mês-de-maio; neve-da-montanha; cabeça-branca; leiteiro-branco; cabeleira-de-velho; flor-de-criança e chuva-de-prata. Suas folhas ficam todas brancas durante o outono, em maio e, em junho voltam à sua cor verde.
2. Ipês: Tabebuia sp
Ipês são, em geral, árvores de grande porte, muito usados na arborização urbana pois têm raízes profundas que não danificam as calçadas. São adequados para locais onde não há rede elétrica aérea ou então, deverão ser podados e mantidos em porte baixo. A madeira do ipê é muito resistente a cupins e outras termites o que reduz o risco de queda de galhos. Suas lindas flores – branca, amarela, rosa e roxa – aparecem anualmente (a árvore perde as folhas durante a floração).
Algumas variedades de ipês são de pequeno porte, anãs, e perfeitas para as calçadas com fiação aparente. De todas a formas, os ipês, lindíssimos, são saúde e alegria para os moradores de suas ruas, gentes e pássaros.
3. Jacarandá-mimoso: Jacaranda mimosaefolia
O jacarandá-mimoso é um clássico das cidades – em alamedas, canteiros centrais e parques urbanos esta linda árvore de exuberância lilás é uma das preferidas. Atinge até os 15 metros de altura, tem raízes profundas – é uma árvore que não vai prejudicar as canalizações ou redes subterrâneas, portanto. É preferível plantá-la na calçada que não tenha rede elétrica aérea, para evitar podas drásticas.
4. Extremosa ou Resedá: Lagerstroemia indica
A resedá é uma arvoreta perfeita para as calçadas sob rede elétrica aérea. Seu crescimento atinge até os 8 metros de altura e esta planta resiste bem às podas drásticas. Suas pequenas flores, muito aromáticas, são de especial atratividade para as abelhas.
5. Manacá-da-Serra: Tibouchina mutabilis
A manacá-da-serra é outra árvore bem adequada às cidades brasileiras, especialmente as que estão em zona de Mata Atlântica, de onde esta espécie é originária. Atinge os 6 metros de altura e sua floração, em 3 cores – branco, rosa e roxa – embeleza as cidades atraindo os pássaros.
6. Alfeneiro: Ligustrum lucidum
Esta árvore de pequeno porte é muito usada na arborização urbana pois dá boa sombra porém, seu pólen é bastante alergênico e este é um inconveniente. Se plantar alfeneiros evite muitas plantas juntas, na mesma rua, para reduzir o impacto. Esta espécie atinge os 3 metros de altura.
7. Magnólia: Magnolia spp
As magnólias são lindas arvoretas, aromáticas e de flores persistentes, muito adequadas a algumas situações urbanas como jardins frontais, pequenas ilhas verdes em cantos de calçadas. Porém, tenha em atenção que, no seu pleno desenvolvimento a magnólia poderá atingir até os 10 metros de altura. Esta espécie é mais adequada ao clima temperado e subtropical.
8. Pata-de-vaca: Bauhinia forficata
A pata-de-vaca, tanto a de flores brancas quanto as rosadas, são arvoretas bastante adequadas para calçadas pois, sua raiz é profunda e sua altura não prejudicará a fiação elétrica.
9. Quaresmeira: Tibouchina granulosa
Quaresmeira é o nome que damos a toda árvore que floresce durante a quaresma. Esta, a Tibouchina sp. é uma árvore de pequeno porte e raízes profundas, com linda floração arroxeada que acontece duas vezes em cada ano.
10. Murta: Murraya paniculata
Murta, murta-de-cheiro, jasmim-laranja, murta-da-Índia ou murta-dos-Jardins, é um arbusto grande (ou arvoreta) que pode alcançar até 7 metros de altura. Vai muito bem como cerca-viva, bem fechada e aromática. Por seu aroma que aumenta nas horas noturnas, esta espécie também é conhecida como dama-da-noite.