As Principais Árvores Floríferas do Brasil.
No Brasil, existem mais de seiscentas espécies de árvores. As árvores floríferas são muito belas e coloridas, e podem ser usadas em paisagismo, em formato de arbustos, ou, mais comumente, plantadas nos calçamentos, em lindas alamedas. Como cada espécie tem seu tempo certo de florir, quando começa o desabrochar das flores, geralmente no início da primavera, a paisagem vira uma festa.
Algumas das espécies bem conhecidas por nós, como o popularíssimo Ipê Amarelo, temos também a Magnólia, o Flamboyant, a Espatódea, Abricó de Macaco e outros, dependem de animais e aves para a polinização de suas florzinhas e, por isso, todas têm seu tempo certo para darem o ar da graça.
As flores, que são o símbolo do amor, da poesia e da primavera, possuem aromas diversos que perfumam o ambiente onde se encontram, alegram os olhos com suas cores vibrantes e ao caírem no chão, a vista tornam-se mais ternas e bonitas e nos lembram da fragilidade da vida.
Devido a enorme diversidade do nosso ecossistema, as árvores que dão flores e frutos existem em abundância na natureza. Alguns tipos de árvores floríferas adaptam-se melhor a determinados climas e regiões, sendo mais encontradas em lugares específicos do Brasil. Vejamos as principais espécies de cada região:
Ipê Amarelo
Encontradas nos calçamentos das cidades, muito populares pela profusão de flores que enchem a paisagem de alegria, os Ipês amarelos pertencem à família botânica Bignoniaceae, gênero Tabebuia. Dessa mesma espécie são encontrados os Ipês roxos, brancos, rosas ou lilás.
O nome Ipê, de origem indígena, quer dizer casca grossa, ou seja, é um tipo de árvore resistente ao apodrecimento. Sua região nativa é a zona litorânea dessa região, tendo sido adaptada a outros climas muito bem.
Do próprio Ipê amarelo existe mais de uma espécie, sendo as nativas do Brasil a Tabebuiachrysotricha (Mart Ex DC.) e Tabebuia alba (Cham).
Tabebuia chrysotricha conhecida por pau-d’arco-amarelo, ipê-do-morro, ipê-tabaco, ipê-amarelo-cascudo, ipê-açu, aipe, ocorre do ES até SC, na Floresta Pluvial Atlântica. O seu nome, chrysotricha, foi dado devido à presença de densos pêlos cor de ouro que aparecem nos ramos novos.
Tabebuia alba conhecida por ipê-amarelo, aipê, ipê-amarelo de folha-branca, ipê-branco, ipê-dourado, ipê mamono, ipê mandioca, ipê ouro, ipê pardo, ipê da serra, ipê do cerrado, ipê vacariano, ipezeiro, pau darco amarelo, tapioca, ocorre nos estados do RJ, MG até RS.
Flamboyant
A árvore denominada flamboyant, embora nativa de Madagascar, também chamada de flor-do-paraíso, pau-rosa, acácia-rubra, árvore-flamejante, é considerada a mais bela árvore do mundo. Seu colorido intenso das flores vermelhas provoca um efeito lindíssimo. Sua copa é enorme e lembra o formato de um guarda-chuva. Podem alcançar até 12 metros de altura!
Além de frondosa em flores e folhas, suas raízes ficam um pouco expostas, o que faz dela idela para ornamentação em área amplas.
Muito bem adaptada ao clima tropical, subtropical e equatorial do Brasil, a flamboyant não tolera o frio, porém resistem bem à estiagem, devendo ser cultivada sob o sol pleno. Também tolera bem a salinidade do dolo, podendo ser cultivada em zonas litorâneas
Magnólia
As árvores ou arbustos de magnólia, de flores delicadas e brancas, são conhecidas pelas suas grandes flores que florescem quando a árvore ou arbusto já não apresentam mais folhas. Isso acontece em pleno inverno!
É uma árvore de origem asiática, muito bem adaptada ao clima ameno e frio das regiões sul e sudeste do Brasil. Podem alcançar até 4 metros de altura, mas geralmente, são cultivadas no formato de arbusto.
Destaca-se pelo maravilhoso contraste entre suas flores belas e seu caule acinzentado, tornando-se a preferida em paisagismo de jardins de estilo europeu.
Espatodéa
Da família Bignoniaceae, mais conhecida por espatódea, tulipa-africana, tulipeira do gabão, chama-da-floresta, xixi-de-macaco, tem sua floração entre abril a julho no Sul do Brasil, mas varia de acordo com cada localidade, também dá frutos, porém a frutificação varia de acordo com cada localidade.
A Espatódea, embora de origem africana, é uma árvore muito utilizada em paisagismos e em alamedas no Distrito Federal do Brasil, principalmente por suas belíssimas flores que variam do vermelho ao laranja e, mais raramente, ao amarelo. São flores enorme cujas pontas são voltadas para o alto.
Trata-se de uma árvores de grande porte, podendo alcanças até os 25 metros de altura. Possuem raízes rasas e expostas e seus galhos caem com frequência. Por esse motivo, precisa ser bem localizada, em espaços bem abertos.
Abelhas, borboletas e aves são atraídas pelo aroma e secreção de mel abundantes, além das cores vibrantes de suas flores. Os beija-flores são os consumidores mais ávidos das Espatódea, chegando a criar disputas territoriais entre outros pássaros.
Abricó de Macaco
A árvore abricó de macaco é nativa da região amazônica e é muito ornamental. Pertencente ao gênero Couroupita vem do nome popular “Kouroupitoumon”, como é conhecida na Guiana Francesa. Foi nesse país que ela foi encontrada e estudada pela primeira vez, segundo a literatura botânica.
Da mesma família das árvores da castanha do Brasil, a árvore abricó de macaco, ou castanha de macaco como também é conhecida, pode alcançar até os trinta metros de altura e, aproximadamente, sessenta de diâmetro.
Trata-se de uma árvore muito grande! E nem por isso deixa de ser usada em paisagismo, já que suas flores são magníficas e se agarram diretamente ao tronco, com florescência praticamente o ano todo. Seus frutos são igualmente enormes, de cor marrom, podendo chegar a três quilos cada. De madeira leve, é procurada, anda para a fabricação de caixotes e brinquedos.
Não há como não se impressionar com o seu exotismo, e podem ser encontradas em determinados campus de universidades, que a adotam em seus paisagismos. O cheiro de suas flores é de um agradável aroma que lembra rosas. Seus frutos, quando caem, apodrecem e liberam um odor bem desagradável.
Os frutos contêm uma substância entre seus constituintes químicos conhecida como índigo, que é o corante utilizado na tintura das calças jeans. É ainda devido ao corante índigo que a polpa do fruto adquire certa coloração azulada ao se quebrar.
Em maio de 2002, o Correio Brasileiro emitiu um selo que percorreu a cidade de Manaus, em cuja estampa havia uma linda flor de Couroupita guianensis, como forma de divulgar essa bela árvore brasileira.